Localização inventarial: inv. 18062
Trata-se de uma ânfora ática do período Geométrico tardio I,
com início em 770 a.C. circa, representando uma
prothesis, isto é, um rito fúnebre de lamentação do
morto, no caso, decerto, um comandante (ou um herói mítico),
deitado sobre um leito elevado, à volta do qual personagens
aparentemente femininas, com as mãos na cabeça, protagonizam
uma cena de lamento. Sob o leito, vê-se um íbis, inscrito em
uma linha pontilhada, representação possivelmente dotada de
significado funerário que se repete à volta do vaso.
No registro inferior, ao longo da pança do vaso, corre um
cortejo de hoplitas (soldados da infantaria grega) com arcos
e flechas e escudos em forma de oito, recorrentes em cenas
de representação de heróis na pintura vascular ática.
Complementando essas figurações filiformes e rigorosamente
em perfil, diversos padrões geométricos, inclusive cruzes
gamadas, adornam o vaso.
Luiz Marques
15/06/2010
Bibliografia:
1959 – G.M.A. Richter, L`Arte greca, trad. ital. Turim,
Einaudi, p. 159