João Batista da Costa (1865-1926) divide com Antonio Parreiras (1860-1937), na pintura de seu tempo e meio cultural, o mérito de terem criado, embora com sentimentos muito diversos, a paisagem do interior do Rio de Janeiro.
Nos médios e grandes formatos, O “ruralismo” de Batista da Costa tende a fixar-se em invariantes cênicas e sobretudo num manejo das tonalidades de verde que não escapam com frequência de certo automatismo.
Não é o caso de alguns pequenos formatos, como este ou como
o diminuto estudo de luz (32 x 42 cm.) denominado “O Passeio”, do Museu Castro Maya, de datação igualmente incerta, mas também posterior ao retorno da Europa, obras que atingem resultados de luminosidade e poesia excepcionais no contexto de sua obra.
Luiz Marques
26/02/2011