Nessa fotografia Victor Frond registrou, no plano de fundo, o que seria o tema central dessa imagem, a residência da família imperial em Petrópolis.
Em primeiro plano, o olhar do espectador percorre o caminho que leva ao Palácio, fotografado em diagonal. Podemos observar as fachadas de habitações modestas em meio a outras mais bem elaboradas, com dois pavimentos.
Na rua estão presentes algumas pessoas, dentre as quais, provavelmente, alguns escravos, em seus afazeres diários, personagens inseridos pelo litógrafo para “animar” a cena.
A construção do palácio foi iniciada em 1845 e o projeto original é do engenheiro germânico, Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial. Após sua morte, o projeto ficou sob a responsabilidade dos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo.
Como nota Lilia Schwarcz, o local possuía na época algumas fazendas isoladas e uma trilha que conduzia a Minas Gerais, e que deu origem à Estrada de Ferro União e Indústria.
O projeto de Koeler incluía a construção de uma igreja em homenagem a São Pedro de Alcântara, santo de devoção da família, e um cemitério. Para incentivar o povoamento da região foi criada uma colônia agrícola. Imigrantes alemães, contratados inicialmente para trabalharem na construção da ferrovia, fixaram residência e iniciaram pequenas lavouras, contribuindo assim para o povoamento do local.
(continua no texto que acompanha a imagem em detalhe)