A Paz de Pressburg (Pozsony, na Polônia) foi assinada em 26 de dezembro de 1805 entre Charles Maurice de Talleyrand, Johann I Josef, Príncipe de Liechtenstein e o Conde Ignaz Gyula, representantes do Império austríaco, após as vitórias napoleônicas de Ulm e de Austerlitz, de setembro a dezembro de 1805. Ela se inscreve na política de Talleyrand de estabelecer um novo status quo e uma reconciliação entre Napoleão e as monarquias europeias.
A Paz de Pressburg consolidou a geopolítica hegemônica de Napoleão na Europa, conquistada nos anteriores Tratados de Campo Formio e de Lunéville, com a inapelável diminuição do poderio austríaco na Baviera e na Itália e a renúncia do Imperador Francisco I ao título de Imperador do Sacro Império Romano Germânico.
Em 1796, quando da entrada de Napoleão em Milão, Andrea Appiani (1754-1807) faz-lhe o magnífico retrato a lápis, hoje na Galleria Brera de Milão. Ele lhe vale as graças do Imperador, que o nomeia Premier Peintre du Roi e diretor da Accademia, encarrega-o de formar a Galleria Brera e lhe encomenda diversas obras, entre as quais a série de 35 grisailles, intitulada os Fasti di Napoleone, para o Palazzo Reale de Milão, destruída em 1943. Além disso, encarrega-o de selecionar os tesouros artísticos do patrimônio italiano a serem requisicionados e transferidos para o Musée Central des Arts em Paris.
Luiz Marques
16/07/2011
Bibliografia:
1954 – P. Boyer, “Les artistes italiens et Napoléon”. Revue d´histoire moderne et contemporaine, pp. 226-231.
s.d. – A. Ottino Della Chiesa, “Andrea Appiani”. Dizionario Biografico degli Italiani, ad vocem