Em 1868, Victor Meirelles (1832-1903) foi comissionado pelo Ministro da Marinha, Afonso Celso, para documentar a Guerra do Paraguai (1864-1870). Desta experiência direta do teatro da guerra resultarão, como se sabe, as grandes telas Combate de Riachuelo, Passagem de Humaitá e, após 1875, a Batalha de Guararapes, todas conservadas no Museu Nacional de Belas Artes.
Mais interessante, talvez, que as grandes máquinas de ateliê, ao menos para a sensibilidade contemporânea, são as aquarelas provavelmente executadas in loco, notações quase etnográficas da sociedade paraguaia e do exército brasileiro nesse que foi o mais sangrento conflito internacional da história da América do Sul.
Luiz Marques
28/01/2010
Bibliografia:
1988 – M. C. França Lourenço, Pinacoteca do Estado. Catálogo Geral de Obras. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado.
1988 – J.R. Teixeira Leite, Dicionário Crítico da Pintura no Brasil, Rio de Janeiro, Artlivre, ad vocem