(continuação do texto que acompanha a imagem principal)
Para Aracy Amaral, o quadro se destaca pela intenção bem expressa do artista de registrar a marca civilizada desta nova sociedade. Adolfo Augusto Pinto foi consultor da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e atuou junto ao governo de São Paulo criando projetos para solucionar os principais problemas da cidade, ligados ao saneamento público.
Na opinião de Hugo Segawa ele foi também um dos pioneiros a levantar a conveniência da criação de um código florestal em sua época (em artigo de 1890 criticou a derrubada das matas, responsáveis por verdadeiras calamidades públicas). Propôs a arborização das ruas e espaços públicos, no que obteve relativo sucesso com a posterior criação de um departamento da prefeitura responsável por estes assuntos.
Adolfo Pinto redigiu ainda um livro de memórias no qual relatou planos de melhorias para a cidade de São Paulo e colaborou para periódicos da época como a revista “Educação” (1902) e “São Paulo” (1905).
Em 1896, quando Campos Salles assumiu o governo do estado, o engenheiro atuou na comissão responsável por uma série de melhoramentos urbanos e em outra que procurou ainda promover uma exposição nacional em São Paulo.
Esse quadro tem especial relevância para a Pinacoteca do Estado de São Paulo: Adolfo Pinto, juntamente com Ramos de Azevedo e o mecenas e senador Freitas Valle foram responsáveis pela criação da instituição em 1905.
(continua no texto que acompanha a imagem 3)