O imperador D. Pedro posou para a foto com um traje de
passeio. Ele se apresenta sentado em uma poltrona na
varanda provavelmente, no Paço de São Cristóvão no Rio de
Janeiro. No plano de fundo vemos a vegetação exuberante que
podia ser avistada do local.
Esse retrato e também o seu pendant – o retrato da
imperatriz D. Teresa Cristina*, foram realizados na técnica
da fotopintura, na qual a imagem é obtida a partir de uma
base fotográfica em baixo-contraste (em tela ou papel),
sobre a qual o pintor aplica as tintas.
Lilia Schwarz analisou um grande número de retratos do
imperador em fotografia, nos quais ele evitou a pose oficial
dos retratos a óleo afirmando que no Brasil:
“O próprio recurso à fotografia é original. Diferentemente
da maior parte da realeza européia – a qual, nesse contexto,
preferia os retratos feitos à óleo à “imagem burguesa” que
provinha da fotografia -, d. Pedro II aliou sua nova
representação à “modernidade” da nova tecnologia. Além de
dedicar-se pessoalmente à fotografia, o imperador foi um
grande incentivador da entrada de profissionais dessa área
no país e passou a veicular e distribuir sua imagem
sobretudo em fotos.
[…]
“Técnica e imagem no caso colavam-se: a fotografia servia
aos propósitos da modernidade, assim como a pintura ficava
reservada aos momentos mais solenes e de realização de
rituais.”.
(continua no texto que acompanha a imagem em detalhe)