Com essa obra de bela sensibilidade naturalista, pertencente de pleno à matriz holandesa da vida na taberna e inspirada mais diretamente, talvez, na Briga de Ernest Meissonier (1855, coleções régias inglesas), Carlos Chambelland obtém no Salão de 1907 o prêmio de viagem que lhe consente a ambicionada viagem a Paris.
De origem francesa e irmão mais novo de Rodolfo Chambelland (1879-1967), Carlos é filho de um comerciante de vinhos imigrado ao Rio de Janeiro. O longo magistério de Zeferino da Costa alcança-o ainda em 1901, quando se inscreve como aluno livre na Escola Nacional de Belas Artes, onde recebe sua formação igualmente de Rodolfo Amoedo.
Luiz Marques
28/04/2010
Bibliografia
2001 – L. Marques, 30 Mestres da Pintura no Brasil, catálogo da exposição, Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes, p. 120