O Monumento a General Osório foi realizado pelo escultor brasileiro Rodolfo Bernardelli e inaugurado em 12 de novembro de 1894.
É composto por uma estátua eqüestre em um pedestal retangular, que conta com dois baixos-relevos em bronze, um em cada lateral.
A figura eqüestre está voltada para o mar. O general, representado de quepe e casaca militar, encontra-se um pouco inclinado para a direita: “de espada desembainhada, está em atitude viva de quem vai dar uma ordem”.
Segundo o jornalista Arthur de Mendonça o escultor fez o General Osório como comandante-chefe das operações no Paraguai: “foi neste caráter que entendeu o escultor dever representá-lo”. O autor prossegue: “quanto às botas, que não eram do uniforme e apenas consentido o seu uso, diversos companheiros informaram o artista que nunca Osório as trazia…”.
A iconografia proposta por Bernardelli não foi aceita de forma tranqüila quando foi apresentado o primeiro modelo, exposto em uma das salas do novo edifício da Praça do Comércio no final de 1887.
As críticas publicadas na imprensa eram voltadas principalmente ao poncho característico que o personagem deveria portar.
Francisco Doratioto ressalta que Osório foi o militar mais popular do Brasil depois de sua atuação na Guerra do Paraguai, tornando-se o patrono informal do Exército Brasileiro.
Acreditamos que Bernardelli, ao criar a representação de Osório, procurou representar o General de uniforme. Em plena República Velha o monumento encomendado no império adquiria um outro valor simbólico, tratava-se de um militar que representaria o herói nacional e o sacrifício e a luta pela pátria.
Na base do monumento encontram-se dois relevos onde estão representados os eventos Passo da Pátria* e a batalha de Vinte e Quatro de Maio [Batalha de Tuiuti]* e referem-se a passagens da carreira do militar durante a Guerra do Paraguai.
(continua no texto que acompanha a imagem 2)