“Este busto brônzeo funerário de Andrea Mantegna é inserido
em um medalhão de pórfido circundado por uma moldura de
pietra d´Istria.
Na redação de 1568 da “”Vida de Andrea Mantegna”” (1431c.-
1506), Giorgio Vasari refere-se a este retrato funerário do
artista, sem especificar sua autoria:
E con esequie onorate fu sepolto in S. Andrea; e alla sua
sepoltura, sopra la quale egli è ritratto di bronzo, fu
posto questo epitaffio:
ESSE PAREM HUNC NORIS SI NON PRAEPONIS APELLI
AENEA MANTINEAE QUI SIMULACRA VIDES
“”E com honradas exéquias foi sepultado em S. Andrea; e em
sua sepultura, sobre a qual está retratado em bronze, foi
posto este epitáfio:
“”Tu, que vês a imagem brônzea de Mantegna, saiba que este é
igual, se não superior a Apeles””.
Sobre a atividade de Andrea Mantegna (1431c.-1506) como
escultor pouco se sabe. Em 1560, Bernardino Scardeone
atribui este bronze ao próprio Mantegna, atribuição
valorizada por Giuseppe Fiocco e Giovanni Paccagnini, para
os quais a obra e sua fundição podem ser atribuídas ao
próprio Mantegna.
De outro lado, a fundição do bronze foi atribuída a
Speradino ou, por Wilhelm Bode (1889), ao ourives e
medalhista, Gian Marco Cavalli (1454c. – após 1508), amigo
do artista e testemunha de seu testamento de 1. de março de
1504. Ambas as atribuições permanecem, entretanto,
inconclusivas.
Luiz Marques
12/12/2011
Bibliografia:
1937 – G. Fiocco, Mantegna. Trad. francesa, Gallimard, 1937,
pp. 111-113.
1961 – G. Paccagnini, Andrea Mantegna. Catálogo da
exposição, Mântua. Veneza: Neri Pozza Ed., p. 145.
1962 – W. Prinz, “”Die Darstellung Christi im Tempel und die
Bildnisse des Andrea Mantegna””. Berliner Museen, 12, 2, pp.
50-54.
“