O túmulo para o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, foi encomendado a Rodolfo Bernardelli em 1886 pelo Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira.
O dinheiro foi obtido com verbas do Governo Provincial, complementadas por subscrições públicas, com a colaboração do imperador D. Pedro II, do Conde d`Eu e da Princesa Isabel.
A escultura foi executada na Itália por volta de 1888 e enviada ao Brasil. Instalada após a queda do regime monárquico, em dezembro de 1889, a escultura foi disposta em uma área rebaixada no claustro da Igreja do Convento do Carmo, para onde foi trasladada a sepultura de José Bonifácio.
O monumento representa o corpo de José Bonifácio embalsamado e da maneira como foi conduzido da rampa do Paço para a eça mortuária da Igreja do Carmo: revestido das insígnias de Cavaleiro do Paço e dentro do caixão aberto.
O corpo morto de Bonifácio, em mármore branco, contrasta com o bronze em que é feito o manto que o cobre. Na representação do tecido o artista explorou os efeitos de textura, muito em voga em esculturas européia da segunda metade do século XIX.
Sobre o modelo do túmulo encontramos comentários na “Revista Illustrada” de 1887:
“Visitando o atelier de Rodolpho Bernardelli, ahi vimos o bello tumulo de José Bonifácio, o velho.
É uma verdadeira obra de ate, na qual não se sabe que mais admirar, se a execução d`essa serena figura, em cujas linhas fisionômicas se desenha o sonno da morte, se a concepção do conjunto artístico, que dá ao túmulo um aspeccto grandioso e que impressiona profundamente.
Tanto a figura do patriarcha da Independência, como a tapeçaria que cobre metade do sarcophago, estão feitas pela mão do mesmo.”
(continua no texto que acompanha a imagem 2)