“(continuação do texto que acompanha a imagem principal)
Na opinião de José Roberto Teixeira Leite: “”As paisagens de Teles Júnior não retratam recantos poéticos ou visões paradisíacas; são, antes, evocações dos rincões agrestes em que pousou o olhar, a terra rude, quase selvagem em seus contornos, o matagal cerrado, as palmeiras esguias, as picadas no meio da mata por onde às vezes se esgueiram minúsculos personagens. Ele foi um intuitivo, aproximando-se dos seus temas comovidamente, para fixá-los com espontaneidade e sem pretensões, no que possuem de mais íntimo””.
O pintor mereceu ainda um belo comentário de Gilberto Freyre: “”Ninguém até hoje no Brasil, que tenha sido, como pintor, mais de sua região e, dentro de sua região, de sua terra, do seu barro, do seu massapé do que Teles Júnior foi, não difusamente, do Nordeste mas, intensa e concentradamente, de Pernambuco, e em Pernambuco, do porto do Recife, dos montes de Olinda, das águas, das casas e dos coqueiros do litoral e, principalmente, da chamada mata, isto é, da sub-região de massapé, outrora de grandes matas, que os engenhos de açúcar marcaram com os traços de sua ocupação patriarcal e aristocrática””.
Maria Antonia Couto
25/07/2011
Bibliografia:
s.d. – G. Freyre. “”Telles Júnior””, Arquivo Público de Pernambuco, Recife, s/d
1988 – J. R. Teixeira Leite. Dicionário crítico da pintura no Brasil, ArtLivre, Rio de Janeiro, 1988 (versão digital em CD-ROM, Log On Informática, Rio de Janeiro, 1999).
2000 – L. Migliaccio. “”O século XIX””. In: Mostra do Redescobrimento. São Paulo. Arte do século XIX. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, p. 180.
2001 – J. R. Teixeira Leite. Comemorações: Jerônimo José Teles Júnior (1851-1914), sesquicentenário de nascimento em 2001. Disponível em: http://www.artedata.com/crml/crml3001.asp?ArtID=20. Acesso: 25/07/2011.
2003 – O Museu do Estado de Pernambuco. São Paulo : Banco Safra.
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