Esta máscara representa uma mulher de idade avançada, tipo
encontrado na comédia nova ou “comédia nea”, última fase,
segundo a filologia alexandrina, da comédia grega – após a
comédia antiga (comoedia vetus) e a comédia média
(comoedia media) -, já pertencente ao período
helenístico. Seus expoentes são Dífilos, Fílemon e Menandro,
modelos em Roma de Terêncio e Plauto.
Segundo Rita Paris, ela mostra “a tendência, típica da
comédia nova, de exprimir os aspectos mais interiores do
caráter e dos estados de ânimo”.
Baseando-se na descrição proposta no Onomasticon de
Julius Pollux (século II), a estudiosa sugere identificá-la
com a personagem de número 29, a “velha gorda”.
Trata-se de uma das mais poderosas máscaras do grupo de
quatro considerado proveniente da Villa Adriana, em Tívoli,
sobre o qual se veja:
http://www.mare.art.br/detalhe.asp?idobra=3595
Luiz Marques
31/12/2011
Bibliografia:
1990 – R. Paris (ed.), La maschera nel teatro antico.
Catálogo da exposição. Spoleto. Roma: De Luca, p. 43.
2007 – R. Paris, in N. Savarese, In scaena. Il Teatro di
Roma antica. Catálogo da exposição. Roma, Coliseu. Milão:
Electa, pp. 112-113.