Manuel Ferraz de Campos Salles nasceu em Campinas em 1941 e
formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São
Francisco em 1863. Ele assinou o Manifesto Republicano em
1870, tendo sido também um dos realizadores da Convenção de
Itu (1873).
Campos Salles foi Deputado Provincial e Geral e ministro da
Justiça durante o governo provisório da República. Foi ainda
senador por duas vezes. Entre 1898 e 1902 foi eleito
presidente da República. Durante o seu governo foi obtido um
empréstimo em Londres, o funding loan, que permitiu ao país
enfrentar uma grave crise econômica ocorrida naqueles anos.
Faleceu em Santos em 1913.
O túmulo de Campos Salles, realizado pelo escultor Rodolfo
Bernardelli, localiza-se no Cemitério da Consolação, em São
Paulo e foi inaugurado em 1916.
O projeto do artista adotava a forma semicircular “por ser
mais adequada à importância do personagem a impedir que
outros túmulos da vizinhança possam distrair e perturbar a
atenção que merece o jazigo de quem foi o chefe da Nação.” O
autor provavelmente inspirou-se em trabalhos como o
Monumento a Gaetano Donizetti (1897) de Francesco Jerace,
que contempla também a forma semicircular.
O monumento seria composto por uma parede dividida em
painéis por pilastras terminando em uma moldura, e quatro
escudos com acrotérios com a menção dos anos de seu governo.
Em uma base ao centro seria colocada a figura de Campos
Salles sentada, em mármore, também próxima da proposta de
Jerace, mas com uma diferença essencial, a estátua do
escultor italiano não possuía pedestal, o que representava
uma grande novidade para a sua época.
Complementariam o trabalho, nas duas extremidades em que
termina a parede em semicírculo, dois pedestais a sustentar
figuras alusivas à Lei e à Justiça, também em mármore. Ele
foi projetado com painéis e incensórios em bronze. Na parte
anterior no centro e ao alto seria colocado o escudo
nacional.
(continua no texto que acompanha a imagem 2)