(continuação do texto que acompanha a imagem principal)
Como nota Pedro Vasquez, “por ser um produto híbrido, a meio
caminho entre a fotografia e a pintura, a fotopintura foi
encarada com grande antipatia por muitos historiadores, que
a consideraram do mais pronunciado mau gosto”.
A técnica suscitou críticas por parte de pintores como Vítor
Meirelles que afirmou, em texto sobre a participação da
fotografia na Exposição Nacional em 1866 que a fotopintura :
“se algum merecimento pode ter é certamente devido ao
pintor”.
Entretanto, como nota Vasquez, os retratos da família
imperial realizados por Carneiro e Gaspar, entre outros,
podem ser destacados entre os mais expressivos neste gênero.
Eles realizaram imagens interessantes, que se destacaram
pela luxuriante vegetação apresentada em segundo plano,
“imprimindo um sabor tropical que se distinguia dos típicos
exemplos europeus do gênero…”.
Maria Antonia Couto
16/03/2011
Bibliografia:
[1985]. P. VASQUEZ. Dom Pedro II e a fotografia no Brasil.
Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho : Cis.
1989 – L. M. Schwarz. As barbas do Imperador. Dom Pedro II
um monarca nos trópicos. São Paulo : Companhia das Letras,
pp. 330.
2003 – P. Vasquez. O Brasil na fotografia oitocentista. São
Paulo : Metalivros.
2006 – V. Meirelles. “Relatório da II Exposição Nacional de
1866.” Boletim do Grupo de Estudos do Centro de Pesquisas em
Arte