(continuação do texto que acompanha a imagem 1)
A obra foi alterada quando a viúva do político pediu ao
escultor que substituísse a estátua de Campos Salles pela
figura da República, em atitude de quem espalha flores sobre
o sarcófago e com coroas ou palmas nas mãos. A nosso ver,
nesse momento o artista recuperou, para compor a imagem
feminina do monumento, uma ilustração de Agostini feita como
uma homenagem fúnebre a Saldanha Marinho.
A encomendante solicitou ainda que Bernardelli fizesse um
medalhão sobre o sarcófago com o retrato do estadista e que,
no lugar da figura da Lei, criasse uma representação
alegórica das Finanças. Posteriormente, um documento do
escritório de Ramos de Azevedo informava que o sarcófago
seria realizado em granito róseo, sobre base e piso de
granito claro. A parede ao fundo teria painéis em mármore e
em granito róseo.
As figuras foram fundidas em bronze devido à dificuldade de
importação de mármores ocorrida com a Primeira Guerra
Mundial.
O túmulo de Campos Salles pode ser visto como um monumento
cívico e foi por muito tempo local de homenagens públicas.
Nos dizeres presentes nos painéis foi reforçada a memória de
sua atuação em favor da República, tanto como propagandista
do novo regime, como presidente do país.
(continua no texto que acompanha a imagem 3)