A metamorfoses dos quatro personagens que formam parte da composição que podemos relacionar com a influencia de movimento surrealista e de seus trabalhos junto a Breton na ilustração de seu livro Fata Morgana, completa seu sentido a partir da presencia de um elemento de estranhamento na cena, isto é, as tesouras que ocupam o extremo superior direito da composição e que pensadas dentro da cultura ocidental poderiam sugerir as Parcas e o corte do fio da vida, da ligação com o mundo terreno e que segundo o próprio artista neste caso devem ser vistas como a necessidade de “dar un corte con la cultura colonial, que ya bastaba de estar sometidos culturalmente”.
Bibliografia:
FOUCHET, Max Pol. Wifredo Lam. Barcelona. Ediciones Poligráficas, 1976. P. 118.
MARTÍNEZ, Juan. Los paisages míticos de un pintor cubano. La jungla de Wifredo Lam, em Caribbean Review, Maimi, abril de 1989. P. 32/36.
MOSQUERA, Gerardo. Mi pintura es um acto de descolonización em Bohemia, La Habana, 1980, P. 10/13.
ORTIZ, Fernando. Las visiones de Lam. La Habana. Dirección de Cultura, 1950.
Monica Villares Ferrer, Mestre em História da Arte.
22/04/2010