Nesse quadro Presciliano Silva pintou o interior da nave da Igreja de São Francisco, em Salvador, Bahia. Nesse quadro estão presentes duas características freqüentes na obra do artista: o interesse pela representação de interiores e de seus detalhes arquitetônicos e a predominância de tonalidades entre o marrom e o dourado.
Quirino Campofiorito nota que “as tintas magras servem a uma harmonia cromática muito suave e rigorosamente adaptada aos efeitos interiores dos templos baianos, o tema que passará a ter a preferência do pintor.”.
Sobre esse quadro comentou o escritor Carlos Chiacchio: “a tela é uma nova concepção de interior onde não acontece nada. Ou tudo acontece. Em vez do antigo estilo concepcional de episódios, de cenas, de motivos quaisquer humanos, substancializando a pintura, agora é pintura só…”
Maria Antonia Couto
15/03/2011
Bibliografia:
1973 – C. P. Valladares. Presciliano Silva: um estudo biográfico e crítico. Rio de Janeiro: Fundação Conquista.
1983 – Q. Campofiorito. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, pp. 246-253.